BREVIÁRIO MAÇÔNICO : “OLD CHARGES” e O OLHO
"OLD CHARGES”
Traduz-se por “velhos preceitos”. Atribui-se ao pesquisador James O. Haliwell, que não era maçom, no ano de 1839, ter encontrado no Museu Britânico um velho pergaminho em forma de livro; Haliwell, notando tratar-se de um raro pergaminho maçônico deu-lhe publicidade, editando-o em 1840, com o titulo de Manuscrito Régio.
O Manuscrito compõe-se, em parte, de papeis encadernados formando livros e, em parte, em rolos de pergaminhos; a data em que escrito não foi perfeitamente definida, mas deve ter sido em torno de 1390. É considerado, assim, o mais antigo documento existente.
Trata-se de um poema composto de 794 versos e inicia com a seguinte frase: “Aqui começam as Constituições da Arte da Geometria segundo Euclides”.
Essas “preciosidades” ainda não foram publicadas no Brasil, todavia, existe no México um resumo no livro As Fontes do Direito Maçônico, de José Gonzales Ginório, cujos exemplares são de fácil aquisição.
Os pesquisadores maçônicos ingleses, todavia, estão se esforçando para encontrar novos documentos, mesmo com o auxilio dos arqueólogos, pois a Maçonaria não pode ter surgido somente no milênio em que nos encontramos.
Cada maçom deve esforçar-se nessas pesquisas e contribuir para que as suas Lojas formem bibliotecas para dar a todos oportunidade de conhecer a real história da Instituição.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 268.
O OLHO
O Olho faz parte dos símbolos maçônicos e o vemos dentro da Loja, inserido no triângulo ou Delta Luminoso colocado sobre o trono do Venerável Mestre.
É símbolo da presença permanente de Deus, demonstrando a sua onisciência. Originou-se no Egito, que o usava representando Osiris; encontramo-lo na Índia representando Shiva.
Representa a divina vigilância, que observa e registra os atos do ser humano; observa o Sol na sua trajetória.
Encontramo-lo referido nas escrituras, no Salmo XXXIV, versículo 15: “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor”.
Na Maçonaria usa-se apenas um olho; não há definição se direito ou esquerdo.
Em um sentido esotérico, trata-se do Terceiro Olho ou da terceira visão, que seria o Olho Espiritual, e não órgão semelhante ao do ser humano.
Questiona-se a cor da pupila e o formato das pálpebras, se oriental ou ocidental; no Delta Luminoso as Lojas colocam o olho esquerdo, sem pálpebras e na cor escura.
Esse olho é, para o maçom, uma advertência: ele nada faz sem ser observado e assim pauta sua vida pela retidão.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 269.
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