Mude. Agora.

Quem teve juízo já foi embora.

Quem ficou, ficará para sempre.

Os últimos a saírem ainda conseguiram um visto italiano, português, americano. Os que zombaram da política, que votaram “no que fala pouco”, agora vão entender o preço da omissão.

No Brasil do futuro, que já começou, você somente obedecerá.

Obedecerá calado.

Entretanto, pagará impostos cada vez mais pesados, aceitará uma saúde pública em colapso, verá seus filhos estudarem em escolas sucateadas. E ainda agradecerá, pois reclamar será crime.

Desde o fim do regime militar, único período de crescimento sustentado, nossa renda per capita foi cortada pela metade, pois o dado é escondido pelo IBGE, abafado pela imprensa.

Caímos do 40º onde hoje está a Grécia, para o 81º lugar no ranking global de renda.

Sim, caímos, mas acreditamos todo este tempo estar subindo.

Em suma, foram 40 anos de doutrinação.

Nossos jornalistas, intelectuais e professores venceram: conseguiram fazer o país regredir em nome de justiça social, contudo uma justiça que só distribui miséria.

Como ex-professor universitário, afirmo: nunca ouvi na USP uma conversa séria sobre crescimento. Só sobre distribuição.

Nunca discutimos eficiência. Só aumento de gastos.

Nunca produtividade. Só aumento de salários do funcionalismo.

Agora, quando o Brasil se tornar verdadeiramente inviável, Flórida e Portugal não estarão com os braços abertos para nos receber. Estarão com os portões trancados. E com razão.

A esperança de que Tarcísio, Caiado ou Ratinho, poderão mudar tudo isso sozinhos, é uma ingenuidade atroz.

Como se trocar o piloto mudasse o avião em queda.

A verdade é amarga: 1,5 milhão de brasileiros irresponsáveis, somados aos 12 milhões que anularam o voto, colocaram no poder um condenado em três instâncias. Mesmo que a primeira instância fosse falha, a segunda e a terceira confirmaram e isso ainda não foi contestado.

Prepare-se. O Brasil caminha para mais 50 anos de estagnação, comandado por políticos e economistas que vivem do que você produz, sem entregar nada em troca.

Mas ainda há tempo para reagir.

Comece se educando, politicamente e economicamente.

Exija reformas, desmascare as mentiras, confronte o discurso único.

Ensine seus filhos a pensar, e não a repetir slogans.

Denuncie o populismo, o aparelhamento, a corrupção sistêmica. Vote com coragem, com lucidez, com memória.

O futuro do Brasil não será diferente enquanto os brasileiros forem os mesmos. Mude. Agora.

Ou se conforme em assistir o país definhar, por sua culpa.

Texto do Professor Professor Stephen Kanitz

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