O que, então é amor?

 Amor é o grande imã que harmoniza e une todas as grandes Forças do Universo. É o desejo de permanecer livremente ao lado de alguém e de admitir esse alguém como ele é. É a vontade de ajudar alguém a crescer e desenvolver-se mental, emocional e espiritualmente. É permitir plena liberdade à pessoa amada, sem tentar interferir ou mudar seu comportamento. Se esses conceitos funcionam, devem portanto ser adotados por ambas as partes. Mas aí surge, às vezes, um problema: o amor pode ser manifestado e praticado apenas por uma das partes.

Para que um relacionamento seja equilibrado, as duas partes devem se entregar, mas também esperar receber. As necessidades precisam ser preenchidas dos dois lados.

A compulsão de dar sem esperar retorno ou de receber sem preparar recompensa é traço característico de neurose.

A capacidade de amor de um ser humano normal é despertada aos 3 anos de idade. Daí a importância de se construir, desde o início, o sentimento de auto-estima nas pessoas. A chave para isso é fazer a criança perceber que será aceita como é, ensinando-a também a tomar atitude recíproca, ou seja, aceitar os pais como eles são.

e uma jovem é corrompida pelo sentimento de baixa auto-estima geralmente casa-se com o primeiro que aparece, preocupada com a falta de oportunidades futuras.

Esse sentimento de inferioridade logo será percebido pelo marido, que se aproveitará e tentará dominá-la psicologicamente. E a pobrezinha, que não se ama desde que se conhece, estará tentando buscar o aval para seus atos e o amor que não teve quando criança. O quadro final é quase sempre o mesmo: um juiz proferindo a sentença e as obrigações dos divorciados, ou a vida insuportável de dois neuróticos, ela mal-amada e dependente, ele alcoólatra, jogador ou drogado, quando não coisa pior. Nos dois casos, dele e dela, se as leis primárias de autoconfiança, auto aceitação e aceitação de outros tivessem sido implantadas e cultivadas nos lares, armadilhas como essas poderiam perfeitamente ser evitadas.

Num relacionamento, o mais importante de tudo é preservar o amor.

Para tanto, o casal deve entender e perceber que ambos não formam um duo unificado ou uma dupla forçada de "xipófagos" da nossa estória inicial. Embora os recursos de imaginação poética sejam inesgotáveis, é literalmente impossível a fusão de duas pessoas numa única.

O caso é simplesmente de duas pessoas que vislumbraram um único objetivo e para atingi-lo decidiram unir esforços. Cada uma surge e parte do mundo sozinha.

Não importa quão ardente e vibrante possa ser um romance, ninguém deve cair na armadilha de prometer amar outro para o resto da vida! Embora tais palavras soem doces ao ouvido, trata-se de uma promessa vazia. Pensem nisso por um segundo. Ninguém deve contar como certo e permanente o amor de seu amante, pois o amor é experiência que deve ser renovada de momento a momento. O amor de ontem já foi gasto, o amor de amanhã ainda não está à disposição e o amor de hoje ainda está prestes a ser conquistado. O fato é que o amor só se mantém durante o tempo que cada um dos amantes contribui para o relacionamento.

A preservação do amor depende de um relacionamento totalmente livre e independente das partes. Nenhuma delas deve tentar mudar a outra, coisa que acontece com frequência e que contribui para o rompimento. Amor, romance e as vibrações positivas do amor acontecem quando os amantes se permitem expressar, cada um, sua individualidade. Se um relacionamento não é asfixiado por solicitações e expectativas exageradas, então desenvolve-se e solidifica-se. Quanto mais independente cada um se sentir, mais valor estará sendo atribuído à outra parte.

Amor verdadeiro depende de liberdade verdadeira. Somente os que são livres e praticam a liberdade podem pretender amar sem restrições. Quem vive com alguém deve dedicar boa parte do tempo a gestos e atitudes que inspirem cada vez mais amor. E ambos devem se dedicar a tarefas de trabalho e lazer de gosto mútuo, o que costuma evitar aborrecimentos e manter vivo o relacionamento. Vital também é que ambos se mantenham atentos ao lado romântico da personalidade de cada um.

Há os que pensam e sentem que o romantismo não dura para sempre, que a chama inicial irá se apagando na medida em que se desenvolva entre o casal um relacionamento mais "maduro". Se estivermos dispostos a concordar e a agir para que seja assim, tudo bem. é um direito nosso. Mas, assim admitindo e nos comportando, estaremos perdendo a oportunidade de participar de uma das mais belas experiências da vida. "Um relacionamento amadurecido" é outra das desculpas usadas por casais que, excluídos do estado romântico, dizem-se tacitamente comprometidos a se tolerar.

Sem o romantismo, a vida de uma pessoa perde magnetismo. E quem cultiva a seara romântica da personalidade torna-se mais atraente e atraído por pessoas, eventos e circunstâncias. Todos nós precisamos de romantismo e devemos agradecer aos que conseguem despertar esse romantismo em nós. Salomão apaixonou-se centenas de vezes. E, olhem, Salomão foi e é conhecido como o homem mais sábio de todos os tempos.

Todo mundo deseja ser amado. Todo estranho que encontramos ou conhecemos está, no íntimo, gritando "quero ser amado, me ame por favor". A maioria procura, com ações e conversas dirigidas a outros temas, despistar essa sede. Outros negam-se a reconhecer que vivem atacados por essa vontade interior.

E há os que se situam entre os não suficientemente amados. Geralmente, são os que não conseguiram recuperar o amor que haviam conquistado na infância. Os mais felizes à época contavam com o amor materno, o amor na sua forma mais perfeita. Tudo passou, mas o mal-amado não admite e sai a campo tentando recapturar aquela emoção perfeita.

Você vai às compras, ao clube para se distrair, ao médico para se sentir bem, ao arquiteto para ver o projeto da sua nova casa, ao cabeleireiro para melhorar a aparência e às lojas para comprar roupas. Assim também é com o amor. Você vai a outros para procurá-lo. E, como a lebre branca que passa veloz pêlos cansados olhos do velho lobo, lá está o amor, fora do alcance!

Se o item "procurar alguém que me ame" é o número um do seu prógrama de vida, você com certeza voltará desapontado para casa. O amor que você procura só pode começar com uma boa dose de amor de você para você mesmo.

Se você não se ama, não tem a mínima possibilidade de encontrar esse amor em outra pessoa. Depois que você conseguir gerar e irradiar amor em todas as direções, então o mundo devolverá amor por você.

Lembre-se de outra coisa, você não poderá jamais dar seu amor a outra pessoa. O máximo que conseguirá será amá-la.

O ato de estar amando significa também estar aprendendo a amar sua própria mente, pensamentos, corpo, vida e seu poder celestial interior. Quando ama outra pessoa, ama-se ao mesmo tempo as árvores, as flores, raios solares, o luar e tudo que você pode ver e tocar.

Você já se surpreendeu alguma vez — você, um amigo qualquer, outras pessoas em dificuldades para dar a partida e obter desempenho normal de seu automóvel ?

Refiro-me àquela situação em que um carro novo ou revisado, sem nenhuma causa aparente, parece negar a responder a suas acelerações e mudanças de marcha, lembra-se ?

Em seguida, um amigo ou um mecânico, apareceu para tentar ajudar, sentou-se ao volante e, para surpresa de ambos, tudo começou a funcionar corretamente. Você então ficou espantado, seu carro "entende-se" melhor com seu amigo.

Era difícil crer, mas parecia-lhe que até coisas inanimadas sentiam amor, não era assim?

Isto é um absurdo.

Pois saiba de mais isto: já foi cientificamente provado que átomos de metais respondem e reagem diferentemente a personalidades diferentes.

Estar amando é uma das nossas mais extremas necessidades. Cientistas do comportamento humano já descobriram e centenas deles concordam que não é a falta de amor, mas a ausência de alguém a quem se esteja amando que causa danos à estrutura da personalidade. O diretor de um reformatório para meninos e meninas delinquentes comprovou isso. Tão logo os pequenos marginais chegavam, entregava-lhes um animal recém-desmamado com ordens para que cuidassem dele. Para muitos dos delinquentes, aquele era o primeiro exemplar de

vida ao qual podiam dar amor. E a média em reabilitação obtida era fora do comum.

À primeira vista, a idéia de que uma pessoa provavelmente não conseguirá amar outra antes de aprender a amar a si própria pode parecer um pouco egoísta. Quem, no entanto, examinar cuidadosamente o assunto concluirá que não é assim. Basta que se saiba que todos nós deste planeta nos mantemos interligados. Como nossa cabeça se une ao pescoço e este aos ombros, como as mãos ligam-se aos braços e os pés às pernas, cada pessoa deste mundo é extensão de outra. Uma infecção em qualquer parte do corpo humano significa que todo o corpo se encontra afetado. Ferir mental, física ou emocionalmente qualquer outra pessoa significa ferir-se.

Por essa razão não podemos dizer: "Que se dane o resto do mundo, vou tratar de cuidar de mim". Em vez disso, quem procura primeiro amar-se para depois amar os outros está, quase sem perceber, contribuindo pessoalmente para reforçar o grau do elo espiritual da humanidade. E para fortalecer a linha de encadeamento que une as pessoas.

Muitos vivem odiando, criticando e condenando outras pessoas, acusando-as de responsáveis pelo amor que não conseguiram encontrar. É claro que essas são pessoas negativas. Desenvolvem seu talento para, à custa de atitudes e palavras sarcásticas, transferir a outros a sensação de inutilidade e inferioridade. Pessoas negativas são avessas ao amor, reconhecimento e revelam abertamente seu ódio gratuito pela humanidade. Procuram justificar sua hostilidade oral, em nome da "crítica construtiva", do "relacionamento honesto" e de uma "observação isenta e objetiva". Têm grande talento para identificar nos outros os traços de fraqueza e para ignorar os atributos alheios de firmeza e convicção.

Todos sabem que algumas plantas florescem e crescem fortalecidas se falar com elas de maneira positiva e amável. Condenadas e rejeitadas, essas mesmas plantas definham e chegam a morrer. Pensem bem, se alguém consegue esse efeito com as plantas, o que não pode então conseguir com outro ser humano?

O poder do amor determina o grau de felicidade que podemos conseguir na vida.

Para sermos bem-sucedidos, precisamos estar aptos a realizar. E há três caminhos para se chegar lá: fazer a coisa sozinho; pedir ajuda a alguém; ou juntar-se a um grupo e ajudar a todos.

O primeiro é o mais comum, mas tem o inconveniente de contar com apenas uma força num tempo limitado;

O segundo, com apenas duas forças.

Quanto ao terceiro, bem, se recorrermos às biografias dos grandes construtores da humanidade, verificaremos que eles só foram bem-sucedidos porque dividiram seu esforço e conhecimento com o esforço e o conhecimento de muitas outras pessoas.

Em suma, conseguiram edificar grandes projetos porque deram e receberam ajuda.

Providenciar ajuda a outros é um dos menos conhecidos segredos dos bem sucedidos na vida. Conseguimos realizar ajudando outros a realizarem. Se ocupamos um cargo de chefia, não devemos hesitar em ajudar nossos subordinados, pois com certeza obteremos os mais excelentes resultados. Se nossa profissão é a cátedra, comecemos logo a ensinar aos alunos como conseguir o que eles, alunos, desejam, sem nos preocupar com que desejamos. E assim em qualquer outro relacionamento, inclusive no casamento: só obtemos êxito depois que aprendemos a "dar uma mão" para que outros completem suas tarefas.

O amor é o meio pelo qual ajudamos outras pessoas a vencer obstáculos. É expresso pela habilidade que cada um adquire para fazer com que outros se sintam importantes, vivos e capazes de se auto desenvolver. Transmitindo confiança e segurança, além de destacar os pontos positivos das outras pessoas, as estimulamos a fazer o melhor possível do próprio e ilimitado potencial. Agindo assim, as ajudamos abrirem os olhos para a própria grandeza, até que acabam percebem e acordando para o próprio potencial.

Prestar ajuda a outras pessoas não é um caminho de mão única. Identificando e reforçando os traços fortes dos demais, também providenciamos ajuda a nós mesmos. E não apenas satisfazemos nossas necessidades de nos sentirmos amados: cada ação positiva dará origem a respostas ainda mais positivas e fará crescer nossa autoconfiança.

A realização completa no amor derrota adversários em outras áreas.

Para o amor bem sucedido, não há dificuldades, doenças incuráveis, portas fechadas. Não há abrigo para culpas, não há paredes e muros intransponíveis. O amor leva o indivíduo ás alturas. E é nas alturas que devem ser colocados os que sabem amar.

Lembrem-se amor e ódio, ambos têm 5 letras, o trabalho de escrever é o mesmo, mas a caneta é de sua propriedade.

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